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"Se assumirmos que a cultura de movimento produz-se e transforma-se diferentemente

em função de significados e intencionalidades específicos, não é possível defender o desenvolvimento da Educação Física escolar de modo unilateral, centralizado e universal. Pelo contrário, defendemos que a Educação Física escolar deva trabalhar com grandes eixos de conteúdo, resumidos e expressos no jogo, no esporte, na ginástica, na luta e na atividade rítmica.

A própria tradição da Educação Física mostra a presença desses conteúdos – ou, pelo menos, de parte deles – em todos os programas escolares, e esse fato não pode ser explicado por mera convenção ou justificado por necessidades orgânicas do ser humano. Afirmar que a ginástica existe porque faz bem ao corpo implica reduzir e explicar um fenômeno histórico pelo seu benefício, trocando a consequência pela causa.

Tais eixos de conteúdo referem-se às construções corporais humanas – seus jogos, suas lutas, suas danças e atividades rítmicas, suas formas de ginástica, seus esportes –, que devem ser organizadas e sistematizadas a fim de que possam ser tematizadas pedagogicamente como saberes escolares. Essa sistematização deve considerar os significados inerentes às apropriações que cada grupo, cada escola, cada bairro manifesta em relação aos conhecimentos ligados à cultura de movimento."

Currículo do Estado de São Paulo (Linguagens, códigos e suas tecnologias) 2011

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